domingo, 19 de outubro de 2008

Computação em Nuvem

Computação em nuvem? Para quem ainda não sabe o que é, certamente deve achar esse termo um tanto estranho. É que recentemente essa expressão derivada do inglês cloud computing já está “passeando” no dia-a-dia de visionários executivos, CIOs (Chief Information Officer – Administrador sênior ou superior em tecnologia) e gerentes de TI (Tecnologia da informação) como alternativa estratégica para transformar o modo como corporações trabalham com a distribuição de recursos computacionais e com os dados da empresa. Futuramente, se essa tecnologia “pegar”, usuários serão afetados pela tendência porque, afinal, são eles que fazem os desktops trabalharem.

A computação em nuvem ou cloud computing refere-se à utilização de recursos computacionais de forma descentralizada. No padrão atual as empresas rodam as suas aplicações e os seus bancos de dados num data center (ou centro de dados) institucional. Além disso, a infra-estrutura computacional (servidores e rede local) e upgrades (atualizações de software e hardware) ficam, respectivamente, sob o domínio da empresa e por conta da empresa. Na cloud computing a idéia é fazer com as empresas rodem as suas aplicações sem que elas tenham data centers ou servidores locais; até mesmo as aplicações institucionais estariam sendo acessadas remotamente, tal como uma página da internet. Os benefícios que as organizações teriam com isso seriam: enxugamento de pessoal e redução de custos por não terem que ter profissionais gerenciando a infra-estrutura computacional, máquinas mais escalonáveis a menos custo, menos gastos com energia elétrica, menos espaço devido a não existência de um data center local, maior disponibilidade de dados (interessante principalmente para empresas que tem ou quer abrir filiais), etc. Para resumir os benefícios, poder-se-ia dizer que uma empresa não precisaria mais se preocupar com infra-estrutura computacional porque a organização estaria terceirizando esse serviço com o conceito de nuvens.

A Microsoft, de olho nisso, anunciou recentemente que irá lançar um novo Windows que irá trabalhar com essa tecnologia: o Windows for the cloud ou Windows para a nuvem. Esse Windows será utilizado sem que ele esteja instalado na máquina cliente. Um conceito bem diferente porque o sistema operacional normalmente fica instalado no PC em que é utilizado. O Windows for the cloud seria acessado por uma máquina local (tipo um terminal-burro) por meio da internet em um servidor onde ele estaria instalado. Assim, uma pessoa conseguiria acessar o seu sistema operacional de qualquer lugar com qualquer máquina com acesso à web.

Os pontos negativos da computação em nuvem e que gera desconfiança aos profissionais de TI seriam: os dados e aplicações não estariam mais sobre o controle da empresa por serem acessados remotamente como serviços, haveria maiores riscos à segurança de dados institucionais porque eles trafegariam pela internet e estariam em local externo à segurança física da empresa, a latência da rede poderia não ser satisfatória prejudicando o acesso a aplicativos, item crucial principalmente para acessos a bancos de dados que plenamente a exigem, a disponibilidade poderia ser afetada em dados momentos por interrupções de acesso (uma pane de uma empresa de telefonia – tal como a pane da Telefônica – ou provedor de acesso, por exemplo), etc.

Mas, como tendência é sempre tendência e muita gente está pensando seriamente em implementar isso, fiquemos a par para, na hora em que alguém vier nos mostrar a mais nova maravilha do mundo, termos um pouco de otimismo e ceticismo a oferecer para se pensar melhor se realmente essa tecnologia vale a pena para o caso em que se estuda implementá-la.


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

Um comentário:

Rozenildo Rodrigues Pedroso disse...

Obrigado!
Pd deixar que eu passo por lá para conferir.
Abs